A segunda safra, conhecida como “safra de inverno”, geralmente, é semeada entre janeiro e março com colheita variando entre maio a agosto. O milho é a cultura mais produzida na safrinha no Brasil. Dados da CONAB (2025), estimam produção de 99,8 milhões toneladas de milho, aumento de 10,8% em relação à safra anterior, 2024.

As plantas de cobertura também são utilizadas na safrinha, visando a produção de palhada, melhora na estrutura do solo, ciclagem de nutrientes e controle de plantas daninhas. No sistema de plantio direto, a quantidade e qualidade da palhada tem relação com a finalidade desejada e a cultura da próxima safra (ALVARENGA et al., 2001). É fundamental o estudo do local, bem como as condições de temperatura e escolha da cultura e variedade, para o bom desenvolvimento das plantas na safrinha, de forma a suportarem longos períodos de déficit hídrico (PETTER et al., 2013).

Dentre as espécies de plantas de coberturas, tem-se as leguminosas: feijão guandu, ervilhaca, mucuna, crotalária; as gramíneas: aveia, centeio, milheto, brachiaria; e as brássicas: como o nabo forrageiro. O uso de consórcio entre diferentes famílias, como leguminosas + gramíneas, proporciona maiores benefícios, como o aumento na produção da fitomassa (MOTTIN, 2016).

O cultivo de inverno também necessita de um bom manejo, já que as características químicas, físicas e biológicas são essenciais no desenvolvimento das culturas. A análise de solo é primordial para avaliar essas características do solo (SANTOS et al., 2011).

A adequação das características do solo à finalidade de cultivo desejada é a base da agricultura. Boas práticas de manejo do solo visam manter a sua fertilidade, reduzindo sua degradação, e consequentemente, gerando alta produção agrícola.