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Pesquisa em Campo Experimental: Milho e Soja com Fertilizantes Massari

1   INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o Brasil vem registrando mudanças no setor agropecuário, através da incorporação de processos intensivos de modernização nos sistemas de produção, devido à grande demanda de alimentos imposta pela sociedade, sendo necessária maior produtividade e competitividade (BARCELLOS et al., 2008).

Em meados de 1980 e 1990, a demanda por fertilizantes se intensificou, devido ao avanço em estudos voltados a essa área. O consumo médio de fertilizantes em 1970 era de 18,5 kg/ha (NICOLELLA et al., 2005). Em 2020, com base nos dados de área plantada (81.358.954 ha), divulgado pelo IBGE (2020), o consumo médio de fertilizante por hectare foi de aproximadamente 500 kg.

A área plantada de milho e soja é crescente no país, porém apresenta oscilações na produtividade das culturas, destacando a importância da pesquisa na melhoria e eficiência dos produtos utilizados para amenizar os prejuízos causados a produção destes grãos. Diante disso, o presente experimento teve como objetivo avaliar a influência de tratamentos com fertilizantes Massari na produtividade das culturas de soja e milho, possibilitando obter informações sobre a ação dos produtos a nível de campo.

  • MATERIAL E MÉTODOS
  •  Caracterização do local e da área experimental

O experimento foi conduzido no Campus II do Centro Regional e Universitário de Espírito Santo do Pinhal – SP, em condições de campo, com início dos experimentos em novembro/2021. O ciclo do milho teve duração de 103 dias e para a soja foi de 126 dias.

A amostragem de solo da área experimental foi realizada no dia 29/10/2021, e os resultados para macronutrientes e micronutrientes nas camadas de 0 a 0,10 cm, 0,10 a 0,20 cm e 0,20 a 0,40 cm estão identificados, respectivamente, nas tabelas 1 e 2.

Os resultados da análise física da área experimental apresentaram os seguintes valores: Argila: 379,00 g/kg; Silte: 145,00 g/kg; Areia Grossa: 394,00 g/kg. O solo foi classificado como Argila Arenosa, segundo a Inst. Normativa nº 2 de 9 de outubro de 2008.

 

  • Espécies estudadas

O genótipo de milho (Zea mays L.) semeado no experimento foi o SH7930 VTPRO 2 (Santa Helena Sementes), de ciclo precoce, com grãos semidentados amarelo. 

O genótipo de soja (Glycine max) semeado no experimento foi o NS6700 IPRO (Nidera Sementes) de crescimento indeterminado e resistente ao acamamento.

 

  • Tratamentos e delineamento experimental

O experimento foi constituído de duas culturas: milho e soja, com quatro tratamentos na cultura do milho, e três tratamentos na cultura da soja.

Milho: 1- Controle (calcário, gesso e NPK); 2- DGMS + S (NPK); 3- DGMS + S + BAYÓVAR 20 (K e/ou N); 4- DGMS + S + FOSFAKAL 2010 (N).

Soja: 1- Testemunha (calcário, gesso e NPK); 2- DGMS + S (NPK); 3- DGMS + S + FOSFAKAL 2010 + B 0,1 + Zn 0,1 (N).

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Cada unidade experimental foi constituída por parcelas de 4 x 2 metros cada, com 1 metro de corredor livre e espaçamento de 5 metros entre as culturas do experimento. As parcelas foram constituídas por linhas de 0,5 metros cada, totalizando 5 linhas por parcela.

A área útil foi de 1 m2, utilizando as segundas e terceiras linhas centrais de cada parcela, onde foram coletados os dados experimentais referentes as culturas do milho e da soja. As bordaduras não foram coletadas para as avaliações, sendo desprezado 1,5 m de cada lateral das parcelas e as primeiras, quartas e quintas linhas para evitar possíveis interferências.

 

  • Condução do experimento

O solo foi preparado com aração e gradagem, de modo a estar livre de plantas invasoras e em condições adequadas para a realização da adubação. A partir dos resultados da análise de solo, foram efetuados os cálculos referentes à adubação de plantio.

A aplicação de calcário e gesso na testemunha, e, a adubação dos tratamentos com os produtos Massari foram realizadas no dia 16/11/2021. As adubações complementares, contendo Ureia e/ou Super triplo e/ou KCL, foram realizadas no dia 09/12/2021, dia em que foi realizado o plantio das culturas. 

A semeadura do milho foi realizada no dia 30/12/2021 com 6 sementes.m-1 e espaçamento de 0,5 m, com posterior raleio no dia 21/01/2022 para 3 sementes.m-1, resultando em um estande final de aproximadamente 60 mil plantas.ha-1. A semente de soja foi inoculada com Bradyrhizobium e posteriormente semeada, dia 10/01/2022, com 25 sementes.m-1 e espaçamento de 0,5 m, com posterior raleio nos dias 01, 02 e 03/02/2022 para 14 sementes.m-1, resultando em um estande final de aproximadamente 280 mil plantas.ha-1. Desta forma, a adubação complementar foi realizada 21 dias antes da semeadura do milho e 32 dias antes da semeadura da soja, e, em relação ao dia 16/11/2021, a adubação antecedeu 44 dias antes da semeadura do milho e 55 dias antes da semeadura da soja. A tabela 3 quantifica os nutrientes, em Kg/ha, aplicados em cada tratamento nas culturas de milho e soja.

A adubação de cobertura para o milho foi realizada aos 22 e 36 dias após sua semeadura com 110 kg/ha de ureia em cada aplicação. Para a soja não foi realizada adubação de cobertura.

Durante o experimento, foi realizada aplicação de herbicida, inseticida, em ambas as culturas, e aplicação de fungicida na soja. A irrigação foi realizada por meio de aspersores ao longo do experimento, sendo em média 2 vezes na semana quando a precipitação era insuficiente ou ausente.

 

2.5 Avaliação

A estimativa da produtividade foi realizada através da colheita e pesagem de cada uma das áreas úteis das culturas do milho e da soja, com avaliação da área útil de 1 m2 (retângulo de 1 x 1 m). Os valores da produtividade foram corrigidos para t.ha-1 e submetidos à análise de variância (teste F). 


  • RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Produtividade

Seguem abaixo os gráficos com a média de produtividade dos tratamentos para a cultura do milho, gráfico 1, e da soja, gráfico 2.

CONCLUSÃO

A produtividade do milho foi melhor em todos os tratamentos com fertilizantes Massari em relação ao controle, sendo 5,6%; 12,1%; 16,9% e 7,3% de sacas a mais produzidas nos tratamentos: 2 – DGMS + S; 3 – DGMS + S + BAYÓVAR 20 e 4 – DGMS + S + FOSFAKAL 2010, respectivamente. Em relação a soja esses valores representam: 7,8% e 9,8% de sacas a mais produzidas, em relação ao controle, nos tratamentos: 2 – DGMS + S e 3 – DGMS + S + FOSFAKAL 2010 + B 0,1 + Zn 0,1, respectivamente.

A pesquisa demonstra que os tratamentos com fertilizantes Massari foram mais produtivos em relação ao controle, com destaque para a cultura do milho, em que todos os tratamentos foram superiores, alcançando valor de aproximadamente 17% a mais de sacas produzidas.

 

Camila Menezes

Bióloga e Engenheira Agrônoma (Pós Graduada em Gerenciamento Ambiental e Manejo do Solo)

Consultora Técnica da Massari

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARCELLOS, A. O.; RAMOS, A. K. B.; VILELA, L.; MARTHA JÚNIOR, G. B. Sustentabilidade da produção animal baseada em pastagens consorciadas e no emprego de leguminosas exclusivas, na forma de banco de proteína, nos trópicos brasileiros. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa. v. 37, p. 51-67, 2008.



IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática. Área plantada em hectares – Brasil. 2020. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1618#resultado>. Acesso em: 18 out. 2021.



NICOLELLA, C.; DRAGONE, D. S.; BACHA, J. C. Determinantes da demanda de fertilizantes no Brasil no período de 1970 a 2002. Revista de Economia e Sociologia Rural, Rio de Janeiro, v. 43, n. 1, 2005.

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